Carlos
Cury vem trabalhando nornalmente no Hospital Regional de Guajará-Mirim, em Rondônia
(no detalhe), de acordo com consulta ao Cadastro Nacional de Estabelecimento de
Saúde
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O médico Carlos
Jorge Cury Mansilla, 57 anos, acusado de causar lesões corporais e mutilar o
corpo de pelo menos 15 pacientes em Manaus durante cirurgias plásticas e
indiciado em março de 2013, pelo delegado Mariolino Brito, do 1º Distrito
Integrado de Policia (DIP), e que teve seus direitos de exercer a profissão
suspensos, em julho do mesmo ano, pelo Conselho Regional de Medicina do Estado
do Amazonas (Cremam), e de acordo com denúncias e consulta ao Cadastro Nacional
de Estabelecimento de Saúde, do Ministério da Saúde, exerce de maneira
irregular o cargo como cirurgião-geral do Hospital Regional de Guajará-Mirim,
em Rondônia, onde já trabalha desde 2007.
Carlos Cury,em
setembro de 2013, foi excluído do Programa Mais Médicos do Ministério da Saúde,
por decisão do Conselho que o impede de exercer a profissão temporariamente em
qualquer lugar do Brasil. O suposto cirurgião plástico, além da licença para a
prática da medicina no Amazonas, o médico contava com um registro válido pelo
CRM de Rondônia. Por causa desse cadastro, ele conseguiu se inscrever no
programa do governo federal na cidade de Águas Lindas de Goiás (GO). Após a
repercussão da reportagem, o Conselho Federal de Medicina inviabilizou os dois
registros.
A interdição do CRM de Cury foi feita após a realização de auditorias e sindicâncias sobre as denúncias das mulheres de Manaus, porém os detalhes não foram revelados, porque o processo tramita em sigilo. Várias vítimas contaram ter passado por exames na entidade.
Para tentar se
livrar da interdição do CRM e ter seus direitos de volta, Carlos Cury, entrou
com mandado de segurança com pedido de liminar no Tribunal Regional Federal da
Primeira Região em Manaus, mas não teve êxito.
Em 23 de maio do
ano passado, o juiz substituto Érico Rodrigo Freitas Pinheiro, da 1ª
Vara Federal, denegou a segurança mantendo a decisão do Conselho Regional de
Medicina.
Carlos Cury,
recorreu a Brasília, mas também não logrou êxito. Em agosto do mesmo ano, o
desembargador federal Carlos Amilcar Machado, ao consultar o sistema processual
desta Corte, descobriu que o processo principal foi julgado em Manaus disse que
o recurso do médico perdeu o objeto por novação do titulo judicial.
Denúncia aditada pela Justiça em Manaus
O médico Carlos
Cury, que responde há vários processos em Manaus e denunciado em um deles em
dezembro do ano passado, pelo Ministério Público no processo que tramita na 11ª
Vara Criminal, por estelionato e lesão corporal teve sua denúncia aditada no
dia 3 do mês passado pela promotora de Justiça, Lucíola Honório de Valois
Coelho, que agora o denuncia também por lesão corporal de natureza gravíssima.
Para aditar a
denúncia por lesão corporal gravíssima, a promotora diz que no exame dos autos
de Inquérito Policial 016/13, vê-se que a conduta Carlos Jorge Cury lesou
também Yara Gláucia Vieira Aguiar, que procurou a clínica do acusado por
acreditar ser este especialista em cirurgia plástica e, assim, com este
contratou a realização de uma lipoescultura, uma abdominoplastia e uma cirurgia
no nariz. Pelos serviços, o suposto cirurgião plástico cobrou a importância de
R$13 mil, tendo a vítima pago R$ 7 mil de entrada e o restante em seis cheques
pré-datados, de R$1 mil, mas as cirurgias realizadas causaram sequelas na
vítima.
O inciso IV do
artigo 129 do Código Penal Brasileiro é claro: "A deformidade permanente é
a que causa alteração no aspecto físico da vítima, que pode lhe resultar em
vexame ou desagrado. Sua constatação se dá por meio de exame pericial, seguido
de confrontação entre imagens anteriores e posteriores à lesão".
Denúncias em 2010
Uma das primeiras
a denunciar o suposto cirurgião plástico, Carlos Cury, foi a corretora de
imóveis Dóris Areal, que também figura nesse processo que tramita 11ª
Vara Criminal, com vítima.
Em 2010 ela fez plásticas
na face e nos seios, além de uma abdominoplastia, mas no dia seguinte, sentiu o
estrago. “Eu vi que eu fiquei deformada. Um olho estava mais baixo que o outro,
mas ele disse que era a forma como eu tinha reagido a operação”, contou. Além
disso, Dóris quase perdeu um dos seios. Só com reparos ela gastou R$ 130 mil,
sem contar com os R$ 22 mil que pagou pelos procedimentos.
Vítima fatal
Contra Calos Cury
pesa ainda, a acusação de ter causado a morte de Maria Suanisley Gomes da
Silva, 58. De acordo com o filho da vítima, que pediu para não ter o nome
revelado, no hospital onde a mãe foi internada não tinha Unidade de Terapia
Intensiva (UTI).
“A cirurgia da
minha mãe foi em 2011, mas ela teve complicações no pós-operatório e nem UTI
tinha no hospital. Ela começou a apresentar secreções e todos os dias ele tinha
que fazer drenagem nela”. Maria morreu em novembro de 2012.
Anexos
Arquivo
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Tamanho do
Arquivo
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149.302KB
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32.150KB
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Fonte: http://fatoamazonico.com/site/noticia/medico-acusado-de-mutilar-mulheres-em-manaus-e-que-teve-crm-suspenso--trabalha-normalmente-em-hospital-de-rondonia/
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