É um sofrimento só. Quando chove é lama
em todo lugar, quando faz sol é poeira.
Cerca de 2 mil
famílias que moram em Realidade, comunidade do Município de Humaitá, a 600
quilômetros de Manaus e 290 quilômetros de Porto Velho, ficam durante sete dos
12 meses do ano sem contato com nenhuma cidade. desde de janeiro, as chuvas
castigam a região intensificando o drama das famílias, impedindo o único acesso
terrestre.
A população
que sobrevive ao longo da BR-319 reclama do abandono do Governo Brasileiro e do
completo isolamento que se impõe em determinadas épocas do ano, por conta das
condições da rodovia. A maioria das famílias trabalha com agricultura,
extrativismo e manejo de madeira. Elas têm prejuízos anuais por não conseguirem
escoar a produção.
Quem se arrisca a
sair de carro fica preso no atoleiro e só é retirado com ajuda de tratores, mas
apenas quando se está perto da comunidade. Segundo um morador os casos em que
os veículos ficam no atoleiro longe da comunidade, eles são resgatados somente
depois de dias, quando a chuva dá uma trégua ou o trator consegue chegar ao
local.
Viagem arriscada
Os moradores que
adoecem ao dirigem-se ao único posto de saúde são encaminhados para a cidade de
Humaitá e ficam atolados na estrada e pioram. As pessoas chegam na comunidade
motivada pela esperança de conseguir um terreno, pelo boatos que a rodovia
seria reativada.
Segundo relatos de
uma moradora, pelo período da tarde ela estava indo para Humaitá, no único
ônibus que faz linha, com aproximadamente 30 pessoas e sem nenhum cinto de
segurança. o ônibus deslizou rodando em direção a um lago d’água e quase
acontece o pior, por pouco não capotou, a estrada estava tomada por lama, mas o
motorista seguiu viagem a pedido dos passageiros. O que era esperado aconteceu.
O ônibus ficou atolado e os passageiros dormiram nele até amanhã seguinte.
Segundo ela, foi sorte alguém ter passado e acionado um trator para tirar o
ônibus da lama.
“É um sofrimento
só. Quando chove é lama em todo lugar, quando faz sol é poeira. É muito ruim
ficar na estrada. Parece que estamos num lugar diferente do Brasil. Lugar
esquecido. Será que alguém nesse Brasil sabe que a gente existe? Que estamos
aqui? Será que alguém do Governo que deixa a estrada sem asfalto sabe o que
passamos? Porque nunca vimos nenhum deles por aqui. Precisamos de médicos, de
vida, precisamos ser reconhecidos, mas para isso precisamos da estrada”,
desabafou.
Se querem continuar assim é só votar na Marina Silva ou no Eduardo Braga, pois eles sempre foram contra abertura dessa rodovia, fico triste com o sofrimento dessa pessoas, mais continui lutando dias melhores viram abraços a todos essas familias sofridas.
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