domingo, 7 de agosto de 2011

Adolescente de 15 anos é acusado de matar o irmão de 12

O pai não soube dizer de onde veio a arma que estava em poder do menor, mas alguns vizinhos afirmam tê-la visto um dia antes do crime e acreditam que foi dada ao garoto por traficantes da área
MARIANA BRAGA
Com um tiro no abdome disparado pela arma de fogo do próprio irmão, um adolescente de 15 anos, Darlan da Silva Farias, 12, morreu, por voltadas 10h30 da manhã do último sábado (6), na Travessa José Mendes, nº 226, comunidade Augusto Nascimento, Zona Leste.
O crime chocou a vizinhança que descarta a possibilidade de Jonas*, 15, apesar de ser usuário de drogas, tenha atentado contra a vida da vítima, seu irmão caçula.


"Ele era um menino bom, muito gente fina. O único problema era que ele estava envolvido com pessoas erradas, más companhias. A comunidade está muito desassistida, sem segurança. Acaba que os meninos caem no mundo do tráfico", depõe um vizinho que pediu para ter o nome preservado, por medo de represálias.
Testemunhas que também não quiseram revelar o nome, contam que na manhã de sábado, Jonas chegou à casa da família, de mototáxi, agitado e com a arma. Minutos depois, todos ouviram o disparo e Darlan saiu de casa sangrando e com dores no abdome.

Vizinhos chamaram a ambulância e o adolescente foi removido, já desacordado, para o Pronto-Socorro Platão Araújo, Zona Leste, onde veio a falecer. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal e por volta das 16h30, foi emitido o laudo da morte por anemia, ocasionada pela hemorragia aguda.

O pai não soube dizer de onde veio a arma que estava em poder do menor, mas alguns vizinhos afirmam tê-la visto um dia antes do crime e acreditam que foi dada ao garoto por traficantes da área.

 Jonas não quis fugir, ficou em casa aguardando a polícia apreendê-lo e está, desde sábado, na Delegacia Especializada em Atos Infracionais (DEAAI), Zona Oeste. O corpo de Darlan foi sepultado, ontem, por volta das 14h, no Cemitério Parque Tarumã, Zona Oeste.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o procedimento adotado para esses casos, é a instauração de um Auto de Investigação Social (AIS). Após ouvidas as partes envolvidas, o documento será encaminhado ao Ministério Público. Do órgão sairá a decisão sobre que medidas serão adotadas com Jonas, que poderá cumprir medidas sócio-ediucativas.

*Nome do adolescente preservado conforme o ECA.

Fonte: acrítica.com

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