O procurador Audaliphal Hilbedrando está no distrito, como membro de de operação interministerial, para investigar várias situações
ELAÍZE FARIAS
Integrante da operação da Comissão Interministerial de Combate a Crimes e Infrações Ambientais que atua atualmente em Santo do Antônio do Matupi, no sul do Amazonas, o Ministério Público do Trabalho vai realizar várias audiências com empregadores de Santo Antônio do Matupi.
O procurador do trabalho, Audaliphal Hildebrando, que retornou ao local para realizar estas audiências, disse que há duas semanas donos de serrarias legalizadas, fazendas e comércio assinaram 20 Termos de Ajustamento de
Conduta (TACs).
Ele constatou que nenhuma relação trabalhista é cumprida. Os empregados não possuem carteira de trabalho e, nas serrarias, muitos trabalhadores atuam em condições degradantes, sem uso de equipamento de segurança e até mesmo sem vestuário adequado.
Aldaliphal Hildebrando planeja ainda fiscalizar as fazendas, mas afirmar que vem encontrando dificuldade. “Aqui muita gente não quer falar, parece que tem um pacto de silêncio, não querem ajudar”, disse.
Para resolver a situação da emissão de carteiras de trabalho, ele vai propor à Delegacia Regional do Trabalho que esta realiza um mutirão de pelo menos quatro dias em Santo Antônio do Matupi, em data ainda a ser definida.
O procurador também está interessado em investigar casos de mortes de empregados de fazendas que chegaram ao seu conhecimento. "Estou decidido a descobrir sobre isso, mas até agora ainda não consegui nada de informação. Nas fazendas que fui, ninguém sabe, ninguém fala", disse.
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