O corpo do
funcionário da Eletrobrás Amazonas Energia Aldeney Ribeiro chegou à capital
amazonense no fim da tarde de quarta-feira (5), foi velado na Igreja Assembleia
de Deus – localizada no bairro Monte Pascoal, Zona Norte da capital – e
enterrado no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, Zona Oeste.
Os emocionados
familiares do representante comercial Luciano Ferreira participaram da
solenidade fúnebre em Humaitá (município localizado a 590 quilômetros de
Manaus) e expressaram o desejo de que os suspeitos pelas mortes não fiquem
impunes. Já o professor Stef Pinheiro foi enterrado em Apuí, também no Sul do
Amazonas, onde residia.
Entenda o caso
Após quase um mês
e quinze dias do desaparecimento das vítimas, cinco índios da etnia Tenharim
foram presos suspeitos de sequestrar e matar os três homens enquanto eles
atravessavam a Transamazônica, dentro da reserva indígena.
Segundo a polícia,
os três corpos estavam enterrados em uma única vala e possuíam características
de execução por arma de fogo e foram encontrados pelo cão Horus, do canil da
Polícia Militar do Amazonas (PMAM).
A guarnição foi
enviada para a reserva indígena para ajudar nas buscas dos então desaparecidos.
A Polícia Federal de Rondônia ficou responsável pelo inquérito policial e as
tropas do Exército Brasileiro deram apoio à ação que mobilizaram a atenção
nacional para a região.
Palco de conflitos
A população de
Humaitá sem notícias sobre as investigações do desaparecimento das vítimas
chegaram a promover um protesto na cidade, incendiando e depredando prédios de
órgãos federais no final do ano passado.
Mais de 3 mil
pessoas foram as ruas e tentaram invadir a sede da Fundação Nacional do Índio
(Funai) usando força bruta na noite do último dia 25 de dezembro. Em questão de
horas, a Casa do Índio, Casa de Saúde do Índio, que fica ao lado do prédio da
Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na cidade, também foi completamente
engolido pelas chamas junto com no mínimo quatro veículos que estavam
estacionados em frente à sede da Funai.
Os índios
Tenharim chegaram a negar qualquer envolvimento com o desaparecimento de
Steff, Luciano e Aldeney, que viajavam pela rodovia Transamazônica (BR 230), de
Humaitá rumo a Apuí.
A população
acredita que o crime tenha sido motivado por uma suposta recusa dos três homens
em pagar uma cobrança de pedágio na rodovia que corta a reserva indígena ou
represália devido a morte do cacique Ivan Tenharim, que aconteceu no dia 3 de
dezembro do ano passado.
Fonte: News
Rondônia
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