sábado, 1 de fevereiro de 2014

ÍNDIOS AMEAÇAM CAPTURAR REFÉNS NA BR 230



Uma informação chegada nas primeiras horas da manhã de hoje pode explodir mais uma onda de perigo eminente na rodovia Transamazônica onde a cerca de 50 dias ocorreu o desaparecimento de três pessoas que segundo investigação da polícia federal, foi desencadeado com o assassinato dos mesmos na “Aldeia Taboca” que fica dentro da “Reserva Tenharim” onde residem centenas de famílias indígenas na região.


O momento de tensão vivido nos últimos meses na região teve início após revolta popular no município de Humaitá que fica situado a cerca 670 km de Manaus, no sul do estado do Amazonas. A polícia Federal no início da noite desta quinta-feira (30) anunciou a prisão de 05 índios dentre os quais dois caciques da etnia Tenharim. A polícia federal deve prender mais um índio acusado de ter participado do crime ocorrido no dia 16 de dezembro na aldeia Taboca. Já foram presos, Gilson Tenharim e Gilvan Tenharim, ambos são filhos do cacique “Ivan Tenharim” que morreu no dia 03 de dezembro em Porto Velho depois de ter caído de moto na BR 230 no dia 02 de dezembro um pouco antes da reserva indígena, quando retornava para sua casa. Foram presos também, o cacique Domiceno Tenharim, Simeão Tenharim que atua como agente de saúde indígena no Marmelo e outro índios ainda não identificado, conhecido pela alcunha de pipoca.

Tensão de guerra em aldeias Tenharim

As prisões dos cinco índios e a notícia de que outros ainda poderão ser presos, fizeram aumentar a tensão no meio indígena, que começaram a reagir de forma contrária à ação da polícia federal, colocando em risco o trânsito e a passagem de não índios na reserva. Uma informação preocupante acontecida na tarde de ontem, dão conta de que alguns índios Tenharim se deslocaram até o km 80 da BR 230 para ameaçar de seqüestro qualquer pessoa que pudessem capturar no local. Uma jovem que reside com sua família no local chegou no final da tarde desta sexta-feira em estado de choque, chorando e dizendo que os índios estiveram em sua casa ameaçando seqüestrar as pessoas caso não libertem imediatamente os cinco índios presos.

Uma equipe da Força Nacional e policiais da ROCAM em 06 viaturas e 02 viaturas da Policia Rodoviária Federal se deslocaram até ao “Restaurante da Sula” no km 80 para averiguar a situação. Informações do pai da jovem, afirma que não foi encontrado nenhum índio por lá, porém, ele acredita que, os índios estão preparando uma retaliação a qualquer momento na região.

** Indígenas de várias aldeias das etnias tenharim e jiahui declararam-se em estado de guerra como forma de protesto. As lideranças alegam que não há provas contra os índios presos. O índio Luiz Sérgio Jiahui disse por telefone que seu povo está há mais de um mês completamente isolado. "Não tivemos nada com o desaparecimento, mas estamos pagando como se nosso povo fosse culpado. O governo federal precisa ver o que está acontecendo aqui".

Em nota, a Polícia Federal informou que as prisões provisórias foram pedidas com base em fortes indícios de que os acusados praticaram os crimes. Após mais de um mês de investigação, foram ouvidas várias testemunhas e feita a perícia em peças de um carro encontradas na reserva. Segundo a PF, as investigações vão continuar, assim como a busca pelos corpos das vítimas.

fonte: www.folha.uol.com.br/da Folha de São Paulo

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