segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Funcionários da Ufam ameaçam entrar em greve

A medida foi aprovada por unanimidade em assembleia geral dos técnicos no Amazonas. No dia 16 de fevereiro, a categoria deve votar a paralisação em nível nacional.
Manaus - Aproximadamente 1.600 técnicos administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) planejam paralisar as atividades na primeira quinzena de março. Segundo o representante da classe, Luis Carlos Sena, a medida foi aprovada por unanimidade em assembléia geral no sindicato do Amazonas.
No dia 16 de fevereiro, afirma Sena, a categoria promoverá uma plenária nacional em Brasília, onde deve oficializar a mobilização.

De acordo com Sena, a greve faz parte do plano de ação dos servidores públicos federais contra o Projeto de Lei Complementar nº. 549/2010 e a medida provisória nº. 520/2010.

O representante dos técnicos administrativos federais ainda chama a atenção para o fato de que outros órgãos no Amazonas também devem aderir ao movimento.

Conforme Luiz Carlos Sena, além de afetar as atividades de atendimento ao público e em laboratórios, a greve dos técnicos administrativos federais também vai prejudicar o andamento de processos burocráticos.

PL 549

O Projeto de Lei Complementar 549/2010 congela os salários dos servidores públicos por 10 anos, impede novos concursos para reposição de pessoal e reduz drasticamente os gastos com investimento na administração pública. O texto, de autoria da Casa Civil, foi aprovado no Senado Federal e tramita na Câmara dos Deputados.

De acordo com a Confederação Nacional das Entidades dos Servidores Federais (CNESF), o líder do Governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT/SP), já declarou que a bancada governista tem todo o interesse de aprovar o projeto até julho.

“O Governo já nos submete a um arrocho salarial e ainda tenta empurra mais esta ação”, reclama Luiz Carlos Sena. “Eles aumentaram os salários do presidente, do vice, dos ministros, os deles mesmos e agora querem congelar nossa remuneração”.

MP 520

Editada no dia 31 de dezembro de 2010, a MP 520 cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Em linhas gerais, a lei institui uma empresa pública de direito privado para administrar os hospitais universitários por tempo indeterminado. Para Luiz Carlos Sena, ‘a última ação de Lula no Governo’, como ele define, visa privatizar as cidades universitárias.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFBA E UFRB (ASSUFBA), a medida acarreta prejuízos aos hospitais universitários, a exemplo da desvinculação das universidades, perdas na área de pesquisa, quebra da autonomia universitária e precarização das relações de trabalho, uma vez que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares poderá contratar funcionários em regime temporário de até dois anos, descartando a realização de concurso público.

Fonte: d24am.com

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