A obra foi inaugurada há apenas seis meses – 31 de
dezembro de 2012 – e estava orçada no valor de R$ de 27 milhões, para a
construção de 800 metros de orla fluvial em Eirunepé. Mas, foram
construídos apenas 300 metros, e estavam interditados há um mês, por interferência
dos vereadores da cidade, junto a Prefeitura do município, após identificarem
rachaduras (foto 1) e ficarem preocupados com a segurança dos frequentadores da
orla da cidade.
Na segunda-feira (15), a obra desabou (foto 2).
Fontes do Radar em Eirunepé, contaram que, a empresa que fez uma parte da obra
foi a Construtora Socorro Carvalho – mais detalhes sobre essa empresa no
final da matéria. As informações são de que, em determinado momento, a
construtora abandonou a obra e seus diretores sumiram de Eirunepé dando calote
em dezenas de operários que ficaram sem receber. Nem mesmo os vereadores
de Eirunepé souberam dizer qual foi a empresa que terminou a construção dos 300
metros da orla fluvial do município. O Radar tentou se comunicar com o secretário
de Obras de Eirunepé, o Sr. Aquenes, pelo telefone (97) 91**-036*,
mas está dando fora da área de serviço desde ontem (17).
Empresa denunciada
A construtora Socorro Carvalho é a mesma empresa
que foi alvo de várias denúncias através da mídia local e nacional, e que está
sendo investigada pelo Ministério Público federal. Coincidindo com o que
aconteceu em Eirunepé, onde a empresa sumiu sem concluir a obra, o jornalista
Aristides Furtado, do jornal A Crítica, em matéria publicada no dia 09/07/2011,
fez denúncia de que a empresa teria recebido do Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Infraestrutura, um pacote de obras no valor de R$ 79,9 milhões.
Desse total, R$ 61,1 milhões teriam sido quitados até fevereiro de 2010. Mas,
segundo o jornalista, a empresa recebeu por obras que não concluiu – igualzinho
em Eirunepé, não é mesmo?
A imprensa nacional também apontou a empresa
Socorro Carvalho como investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por
denúncias de que teria sido beneficiada pelo Ministério dos Transportes – leia
ministro Alfredo Nascimento – com o pagamento de R$ 7,2 milhões do por meio do
fundo da Marinha Mercante. A contrapartida dada pela empresa, segunda as
denúncias, teria sido comprar um apartamento da Forma Construções, empresa de Gustavo
Pereira, filho do ex-ministro Alfredo Nascimento, por R$ 450 milhões. O
Ministério Público Federal, em 2011, informou estar investigando também o filho
do então ministro e hoje senador Alfredo Nascimento por suposto enriquecimento
ilícito.
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