quinta-feira, 18 de julho de 2013

OBRA DA ORLA FLUVIAL DE EIRUNEPÉ DESABA



A obra foi inaugurada há apenas seis meses – 31 de dezembro de 2012 – e estava orçada no valor de R$ de 27 milhões, para a construção de 800 metros de orla fluvial em Eirunepé. Mas, foram construídos apenas 300 metros, e estavam interditados há um mês, por interferência dos vereadores da cidade, junto a Prefeitura do município, após identificarem rachaduras (foto 1) e ficarem preocupados com a segurança dos frequentadores da orla da cidade. 


Na segunda-feira (15), a obra desabou (foto 2). Fontes do Radar em Eirunepé, contaram que, a empresa que fez uma parte da obra foi a Construtora Socorro Carvalho – mais detalhes sobre essa empresa no final da matéria.  As informações são de que, em determinado momento, a construtora abandonou a obra e seus diretores sumiram de Eirunepé dando calote em dezenas de operários que ficaram sem receber.  Nem mesmo os vereadores de Eirunepé souberam dizer qual foi a empresa que terminou a construção dos 300 metros da orla fluvial do município. O Radar tentou se comunicar com o secretário de Obras de Eirunepé, o Sr. Aquenes, pelo telefone   (97) 91**-036*, mas está dando fora da área de serviço desde ontem (17).

Empresa denunciada

A construtora Socorro Carvalho é a mesma empresa que foi alvo de várias denúncias através da mídia local e nacional, e que está sendo investigada pelo Ministério Público federal. Coincidindo com o que aconteceu em Eirunepé, onde a empresa sumiu sem concluir a obra, o jornalista Aristides Furtado, do jornal A Crítica, em matéria publicada no dia 09/07/2011, fez denúncia de que a empresa teria recebido do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Infraestrutura, um pacote de obras no valor de R$ 79,9 milhões. Desse total, R$ 61,1 milhões teriam sido quitados até fevereiro de 2010. Mas, segundo o jornalista, a empresa recebeu por obras que não concluiu – igualzinho em Eirunepé, não é mesmo?

A imprensa nacional também apontou a empresa Socorro Carvalho como investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por denúncias de que teria sido beneficiada pelo Ministério dos Transportes – leia ministro Alfredo Nascimento – com o pagamento de R$ 7,2 milhões do por meio do fundo da Marinha Mercante. A contrapartida dada pela empresa, segunda as denúncias, teria sido comprar um apartamento da Forma Construções, empresa de Gustavo Pereira, filho do ex-ministro Alfredo Nascimento, por R$ 450 milhões. O Ministério Público Federal, em 2011, informou estar investigando também o filho do então ministro e hoje senador Alfredo Nascimento por suposto enriquecimento ilícito.

Fonte: www.radaramazonico.com.br

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